segunda-feira, 24 de maio de 2010

O texto abaixo é o relato de minha participação no FORUM I, na Disciplina Educação por Internet. Gostaria de compartilhar minha opinião com quem estiver interessado.


No texto Educação e inovação tecnológica: um olhar sobre as políticas públicas brasileiras do Professor Nelson Pretto há uma citação do professor Miguel Arroyo que chamou minha atenção, porque vem exatamente de encontro ao que eu penso sobre a perversidade de um sistema que, ao mesmo tempo que exige que o professor esteja também integrado nesta rede mundial, lhe nega oportunidades e possibilidades.

Não é mais possível em mais uma proposta de governo ser "esquecida" a obrigação dos dirigentes da nação com a formação sólida e continuada dos principais formadores de mentalidade do país. Tal esquecimento nos faz pensar que a desqualificação das professoras e professores foi é um dos mecanismos 'para mantê-los fracos e disponíveis à manobras e conchavos políticos-burocráticos' (Arroyo,1985, p. 9) formando outros cidadãos e cidadãs fracos e disponíveis às mesmas manobras e conchavos (Barreto, 1996, p. 4).


Não que o professor possa se eximir da responsabilidade de sua formação, mas que condições ele pode ter? Muitos de nós estamos enfrentando hoje uma guerra com o governo mineiro por conta de salário. Se a realidade financeira de alguns lhes permite, a maioria de nós não conta com incentivo algum para dar continuidade à formação.

É claro que não podemos cair no discurso negativista e coitadista da condição do Profissional da Educação, mas sem políticas públicas que favoreçam formação e acesso, continuaremos ouvindo os colegas na sala dos professores a dizer "que esse negócio de internet é coisa de gente desocupada e que esse tal de ensino à distância é só pra tirar dinheiro dos desavisados ou para conseguir títulos com facilidade", como eu já cansei de ouvir.



Eu sou uma guerreira. Nunca fui de ficar esperando que nada caísse dos céus em minhas mãos. Você pode até pensar que não, pelo meu jeito de falar, mas essa postura de muitos colegas de "eu não tô nem aí pra essa sociedade em rede" me irrita profundamente. Quando, em 1997, meus colegas mais experientes, disseram que quem não tivesse uma licenciatura não poderia mais dar aulas eu fui correndo fazer vestibular e passar, em uma universidade pública, gratuita e de qualidade. Até hoje tenho colegas chorando porque não têm dinheiro para pagar faculdade e o governo não ajuda.

No caso em questão, muitos profissionais nem sabem ainda que uma revolução está acontecendo. Talvez tenham uma leve desconfiança. Hoje eu sei de coisas que há seis meses nem suspeitava. E não falo de conhecimentos técnicos, programas de computador. Essa demanda da sociedade de transformar informação em conhecimento ganhou um novo significado para mim. É claro que informação é importante. Mas o que fazer depois de receber tanta informação? Eu vou acreditar no Anastasia que fala que paga o piso ou na cópia do contra-cheque que o professor mostra?

Eu e meus colegas precisamos de incentivo. A grande diferença é que sou animada por natureza. Imagine, entramos na rede municipal em que trabalho através de concurso público e agora que o concurso esgotou queremos a realização de um novo, para o provimento dos cargos vagos. Um dos professores da escola não acredita que haverá concurso. Como não, se é lei, se já aconteceu conosco recentemente e se há uma categoria inteira nessa mesma expectativa? Muito tem sido negado aos Professores e muitos de nós perderam a capacidade até de sonhar.

Apesar de me irritar, não posso culpar meu colega por ele não saber. E muitas vezes por ele querer continuar não sabendo. Mas continuarei dizendo que não há investimento suficiente do governo, por inúmeras razões que parece que não caberão aqui. Alguns Professores que eu conheço nem conseguiram se cadastrar na Plataforma Freire. Até eu que me cadastrei e já me inscrevi em três cursos, tive minha matrícula negada. Nos três.

Uma outra experiência que tive sobre formação continuada foi o Programa Gestar II. Muitos colegas que começaram o curso não o terminaram. A carga horária extensa e os encontros pedagógicos presenciais, os relatórios e a entrega do projeto acabaram por sobrecarregar a maioria, que já tem uma carga horária de trabalho de 40 horas semanais. O programa é maravilhoso, mas muitas secretarias municipais de educação não possuem um PCCV e as próprias secretarias não ofereceram aos cursistas nenhum incentivo. É fácil jogar a responsabilidade nas mãos do professor. Difícil é dar a ele condições, fazer com que ele deseje isso.

As iniciativas do governo federal são excelentes. Mas são tímidas, ainda. A profissão anda muito desvalorizada. É sacerdócio para uns, complementação de renda para outros. O professor precisa entender que é um profissional e fazer o que estamos fazendo hoje, em Minas Gerais: lutar por condições de exercer com dignidade seu trabalho. Enquanto isso não acontecer, nada feito. Viveremos de uma esperança vã, que nunca se concretizará. Ou de exemplos de pioneiros, daqueles que vão na frente e contam pros outros, convidam e incentivam porque acreditam naquilo que fazem e porque sabem que sozinhos não conseguirão a tão sonhada sociedade em rede de fato e de direito.

Um abração da Silvia.




sábado, 22 de maio de 2010

Para pensar um pouco



Visitando nosso grande amigo GOOGLE encontrei essas imagens. Com o início das disciplinas "O computador na sala de aula" do ilustre Professor Waldir e a disciplina "Educação por internet" do Professor Márcio Fagundes, andei pensando na realidade que temos vivido em muitas e muitas escola públicas pelo país afora. Tem mais algumas muito interessantes que compartilharei aqui no blog em breve.

Sei que temos muitas coisas importantes para discutir. Mas enquanto descansamos e rimos podemos pensar um pouco.

Um grande abraço:
Silvia

sexta-feira, 9 de abril de 2010

Portal do Professor

Professor José Manuel Moran no Portal do Professor falando sobre o uso das Tecnologias da Informação no Ensino Fundamental.
Vale a pena assistir a aula de pouco mais que 14 minutos.

http://portaldoprofessor.mec.gov.br/ListarMensagensForum.html?pagina=11&tamanhoPagina=25&dataFinal=29/03/2010&idTopico=96&dataInicial=17/06/2009&idTipo=0

domingo, 28 de março de 2010

Como extrair áudio de um vídeo, utilizando o programa Audacity



Eis o meu primeiro screencast. Da disciplina de Introdução à Informática, com o Professor Tarcísio.

segunda-feira, 15 de março de 2010

O curso de Pós Graduação em TICEF.

Quando tive meu primeiro contato com a UFJF fui informada sobre a Disciplina Introdução à Informática, com 120 horas de duração. Passei meses pensando em como seria fazer uma disciplina como essa e, a cada momento, ficava mais apreensiva. O dia de ser apresentada a tão ilustre personagem do meu curso de Pós-Graduação chegou e posso garantir que não foi nada do terrível que eu imaginei.

Aprendi, em pouco tempo, a fazer podcast e broadcast. Posso afirmar que são coisas fascinantes, deliciosas e muito divertidas de fazer. A cada dia sinto-me mais fortalecida e auto-confiante, incluída (antônimo de excluída) digitalmente. Eu que, há bem pouco tempo, era uma analfabeta digital.

As atividades do curso são muito práticas. As oficinas, enriquecedoras. Estou muito feliz e satisfeita com todos os desafios que tenho vencido. É preciso ter muita vontade e desejar aprender. E o melhor é perceber que as possibilidades são infinitas e que o aprendizado nunca termina.

Meus queridos alunos do Ensino Fundamental ainda se beneficiarão muito de tudo o que tenho aprendido e que ainda irei aprender neste curso. No entanto, agora, é minha hora de curtir todo esse aprendizado.

Quem quiser pode ir lá no meu primeiro broadcast, só pra conferir.

http://www.youtube.com/watch?v=sqfQX3fngog

Abraços da Sílvia.